Os primeiros resultados de análise de sismos são publicados pelo (actual) IDL em 1920, tendo a gestão da rede passado para o SMN (atual IPMA) a partir de 1946, que instalou novos equipamentos sismológicos nos três institutos geofísicos: em Coimbra foi instalado um sismógrafo electrónico de curto período, e no Porto um sismógrafo Sprengnether idêntico ao instalado em Lisboa. Em 1963 verifica-se novo progresso, com a instalação no Porto de uma estação WWSSN no Porto.
Após o sismo de 1969 a rede melhorou significativamente.
O SMN instalou uma estação sísmica de curto período em Faro e em 1975 outra em Manteigas. Com a formação do INMG (Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica) foram instaladas cinco estações sismográficas (Montachique, Moncorvo, Portalegre, Montemor-o-Novo e Monte Figo-Faro), algumas das quais já com capacidade telemétrica analógica. Apesar da melhoria na sua composição, a rede sismográfica do Continente, que esteve em funcionamento até meados da década de 1990, não mostrou grande eficácia em termos de deteção.
Numa tentativa de ultrapassar este problema na zona Sul do país, onde se observa maior sismicidade, em Dezembro de 1995 foi instalada na região algarvia uma rede regional que se tornou operacional em Janeiro de 1996. Esta rede foi instalada no âmbito de um projeto internacional (Walker et al., 1997), financiado pela CE, e permitiu melhorar drasticamente a capacidade de deteção e estudo dos eventos sísmicos, em particular no Algarve e na região Atlântica adjacente (Carrilho et al., 2004). Esta rede esteve em operação até Dezembro de 2000.